sábado, 31 de maio de 2008

Ser Mulher...

Ser mulher no nosso país tem muito que se lhe diga. Felizmente, nos dias que correm, a mulher já adquiriu um estatuto bem superior ao que tinha antigamente.
A mulher já não é criticada se entrar sozinha num café e puxar do seu cigarrinho. A mulher já não é mal vista se andar com um decote mais profundo ou com uma perna mais à mostra. A mulher hoje tem o direito de se exprimir, pode votar e dar a sua opinião.
Se bem que para chegar a este estatuto foi necessário seguir um longo e doloroso percurso.
Entretanto, a mulher portuguesa tem os seus direitos e pode orgulhar-se em ser mulher.
Afinal de contas até temos o "Dia Internacional da Mulher", por vezes tão criticado que chegamos ao ponto de nos questionarmos sobre o porquê de um dia dedicado à mulher. Pois bem, este dia deve-se ao facto de umas operárias têxteis norte-americanas terem morrido numa fábrica enquanto faziam greve para reivindicar a redução de um horário de mais de dezasseis horas por dia para dez horas. Estas operárias nas suas dezasseis horas recebiam menos de um terço do salário dos homens. Enquanto faziam greve foram fechadas na fábrica onde se declarou um incêndio e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Após esse acontecimento, em 1910 numa conferência internacional de mulheres na Dinamarca, foi decidido comemorar o dia 8 de Março como o “Dia Internacional da Mulher” em homenagem àquelas mulheres.
Todavia, com ou sem dia da mulher, o que interessa é que hoje a mulher já não é vista como aquele ser que apenas tinha de tratar da casa, cuidar dos filhos e servir o homem.
No entanto, nem em todos os países a mulher conseguiu adquirir o seu estatuto.
Infelizmente há países onde as mulheres ainda são discriminadas. Em África, mais propriamente no Kenya, em Uganda e em Gahna, as mulheres não têm o direito de ter a casa em seu nome. A casa apenas pode estar no nome do homem. Ainda em África, nos países acima mencionados, a mulher que tenha sida é expulsa de casa pelo marido.
É incrível mas são factos que ainda acontecem no planeta em que vivemos.
Em contrapartida, no Bangladesh desde os anos 90 para cá, as mulheres impuseram-se. Começaram a deixar as aldeias para ir trabalhar para a cidade, em fábricas têxteis, começaram a ter o seu próprio salário. Deixaram de se casar tão cedo, em 1991 a idade média para uma rapariga se casar era aos 16 anos, em 2000 uma rapariga já só se casava aos 20 anos. Dado que deixaram de se casar tão cedo também deixaram de ser mães tão novas. Em 1991 uma rapariga dava à luz com 17 anos, enquanto que em 2000 uma rapariga era mãe aos 22 anos.
As mães dessas raparigas começaram a desejar que as suas filhas fossem para a escola em vez de ficarem em casa, para que depois pudessem ter um bom emprego e serem bem pagas.
São pontos de vista diferentes de “Ser Mulher” no mundo e, talvez por isso, seja bom termos o “Dia Internacional da Mulher” para que as pessoas tenham consciência do valor e da dignidade da mulher na sociedade. Para que não a desvalorizem e deixem de impor regras na questão do emprego. E sobretudo para que a Mulher tenha orgulho em “Ser Mulher”.

Lau***19-03-2008

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